Festival de Dança de Joinville em Paulínia coloca gênero sob holofotes

Evento será realizado em diversos pontos da cidade entre quarta (11) e domingo (16)

















Atrelar os passos do Festival de Dança de Joinville apenas ao frio de julho torna-se um equívoco. Mesmo, claro, com 29 anos de tradição do evento dedicado à arte no Sul do País. Até porque, a partir deste ano, o evento cultural está intimamente ligado ao calor abafado prometendo chuva do interior de São Paulo. Comparações à parte, o Grand Prix Brasil 2011, popularmente batizado de Festival de Dança de Joinville em Paulínia, será realizado entre quarta (12) e domingo (16), em Paulínia. A missão continua a mesma: ser vitrine da produção de dança do País.

Antes de consultar a programação, faz-se necessário ao espectador conhecer os pontos da cidade por onde o festival se estabelece. Além do palco do Theatro Municipal Paulo Gracindo, onde acontece a mostra competitiva, a plateia pode se encontrar com os grupos participantes do Grand Prix no Parque da Amizade, Praça Monte Alegre e Praça São José. Somam-se aos pontos a Prefeitura Antiga e Espaço Cultural, sede de oficinas e palestras, Estúdios de Cinema, locais das audições, e o Pavilhão de Eventos de Paulínia, que abriga a Feira da Sapatilha. Semelhanças com a edição de Joinville. "Como acontece lá, as pessoas estão andando pelas ruas e são surpreendidas pelas apresentações", explica Ely Diniz, presidente do Instituto Festival de Dança de Joinville.

















A abertura do Grand Prix tem queda clássica. Na quarta (12), às 20h, o Theatro Municipal recebe o balé "Giselle". Nesta versão, assinada pelo russo Vladimir Vasiliev, cabem aos alunos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil dar forma às personagens desta história de paixões. "É um ícone do período romântico da dança. Alia técnica apurada com emoção", resume César Lima, diretor artístico da Escola de Teatro Bolshoi no Brasil. Ao todo, 80 alunos compõem o elenco, inclusive o quarteto protagonista. No espaço, a partir de quinta (13), sempre às 19h, o público confere a mostra competitiva, composta pelos três primeiros colocados das categorias distintas da edição 2011 do Festival de Dança de Joinville.

Enquanto o Parque da Amizade servirá de cena à mostra urbana, com oficinas e apresentações de dança de rua, os palcos abertos espalhados pelas praças de Paulínia se dividem entre apresentações de coreografias, tanto das academias de Paulínia quanto das que competem na mostra competitiva, e a performance artística do coreógrafo Fly, do programa "TV Xuxa". "Ele conduzirá aulas abertas. Provocará a participação da plateia, que não só assiste, mas dança", completa Fernanda Chamma, diretora artística do Grand Prix. Em paralelo, 200 expositores integram a Feira da Sapatilha (diariamente, de 10h às 20h) que, além de oferecer produtos relacionados à arte, promove aulas abertas. No sábado (15), Carlinhos de Jesus ministra aula-show sobre samba no espaço.

 




















Oficinas e banca
A edição 2011 do Grand Prix divide as oficinas em três gêneros: musical, clássico e ritmos. Os workshops, durante todo o dia, serão abrigados na Prefeitura Antiga e Espaço Cultura. Entre os cursos oferecidos, destaque a "Circuito Broadway: Workshop de Teatro Musical" com Cininha de Paula e Gustavo Klein, "Técnicas de Pontas" com Toshie Kobayashi, e "Balé Clássico Contemporâneo" com Beatriz Almeida. InscriçõesAlém dos cursos, o bailarino terá a oportunidade de se profissionalizar na sexta-feira (14) durante a Banca do DRT, composta por representantes do Sindicato dos Profissionais de Dança do Estado de São Paulo.
Audição
O Grand Prix, como vitrine, ainda serve de trampolim aos jovens talentos. Durante o festival, além da audição da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, o bailarino pode se inscrever na Première Class. No último, profissionais servirão de olheiros para encaminhar os escolhidos a estágios e bolsas tanto no Brasil quanto exterior. Entre os participantes, Marcelo Gama (Akademie Schloss Solitud), Adam Sklute (Ballet West Academy), Mikhail Tchoupakov (Bolshoi Academy, USA) e bailarinos da São Paulo Companhia de Dança e Cia. Deborah Colker. "Doze bolsas estarão já inclusos auxílios como passagem ou hospedagem ou remuneração", explica Chamma.