Cantora Barbara Marques faz show gratuito em Paulínia

Paulistana se apresenta às 20h, no Parque Zeca Malavazzi













A cantora e compositora paulistana Barbara Marques se apresenta, às 20h, durante as comemorações de Natal em Paulínia. Com entrada franca, o show ocorre no Parque Zeca Malavazzi, no Jardim Itapoá.
No repertório entram músicas do seu trabalho de estreia, o álbum “Sem Racunho”, e releituras de clássicos da música popular brasileira. A mistura de samba-rock, funk e a moderna MPB, todos elementos presentes nas músicas de Barbara Marques dão o tom da apresentação que comemora o Natal em Paulínia.
Com 10 anos de carreira, a cantora de 26 anos começou sua trajetória cantando na noite paulistana e em 2006 abriu o show do norte-americano Billy Paul, na passagem da turnê do músico por São Paulo.
Serviço:
O que: Natal Paulínia 2011 – Show Barbara Marques
Quando: Domingo (25), às 20h
Onde: Parque Zeca Malavazzi
Rua Álvaro Ribeiro, s/nº - Jardim Itapoan
Entrada franca

"Gosto mesmo é de cantar", revela Tony Tornado

Artista comanda show no Sesc Campinas no Dia da Consciência Negra















Dono de uma voz poderosa, Tony Tornado ganhou notoriedade pela sua trajetória como ator, mas revela: “gosto mesmo é de cantar”. Acompanhado do filho, Lincoln Tornado, e da banda Funkessência, ele sobe ao palco do Sesc Campinas neste domingo (20), às 19h, em show de comemoração ao Dia da Consciência Negra.
O projeto que circula pelas unidades do Sesc traz homenagens a Tim Maia e outros expoentes da soul music. “Minha alegria maior é ter meu filho nessa empreitada comigo. Mesmo porque logo mais terei que passar o cetro e ele é a pessoa mais indicada para dar continuidade ao meu legado.”
Aos 81 anos, o multifacetado artista parece satisfeito com os rumos que a vida lhe impôs. Alternando momentos difíceis, como o período de exílio, a outros gloriosos, como a bombástica interpretação de “BR-3”, música vencedora do Festival da Canção, em 1970, ele acredita ter seguido a direção certa ao se dedicar à carreira de ator. “Não foi bem uma escolha. Não tive muita opção por conta dos problemas de ordem política e teve o exílio, que para mim foi um período muito cruel. No fim foi até bom porque eu não cantava muito bem”, afirma, bem-humorado.















Com uma vida que renderia um roteiro de cinema, Tony Tornado viveu nas ruas, foi paraquedista a serviço do exército, participou da Guerra do Canal de Suez e chegou a trabalhar para o tráfico de drogas nos Estados Unidos. "Não tínhamos opção naquela época", explica, mesmo avesso a comentar o assunto. Nos anos 60 ingressou na carreira musical com o pseudônimo Tony Checker, no programa “Hoje É Dia de Rock”, da Rádio Mayrink Veiga.
O sucesso trouxe alguns dissabores devido à forte repressão vivida no período de ditadura. Tony Tornado passou a integrar um movimento essencialmente musical, mas que estava diretamente ligado a luta pela conscientização do papel do negro na sociedade. Os discursos culminaram no "convite" a se retirar do país. “É uma mácula muito grande que tenho na vida. Eu estava bem intencionado e fui expulso do meu país. A gente sabe o risco que corre quando está envolvido, mas eu não podia me alienar. Eles achavam que estávamos incitando as massas com palavras de ordem porque dizíamos que o negócio era estudar e que o black power não era apenas estética. Nós defendíamos o orgulho negro”, relembra.
Apesar dos problemas, Tony não guarda mágoas. Do período que passou no bairro do Harlem, em Nova Iorque, ele guarda as contribuições para sua carreira como músico. “Evoluí muito. É um bairro extremamente musical e quando voltei, no fim dos anos 60, acabei abrasileirando o estilo”. Foi nessa época que o ator conheceu Tim Maia.
 




















Televisão
Entre tantos papéis marcantes que viveu na TV, ele destaca os personagens Gregório Fortunato, na minissérie Agosto e o Capitão do Mato, em Sinhá Moça, um dos seus maiores desafios. “Foi muito difícil para mim porque o personagem ia de encontro a todos os meus princípios, mas um ator não pode tomar partido nesses casos”.
Outro personagem de grande destaque foi o capataz Rodésio, de Roque Santeiro, com o qual chegou a gravar um final alternativo para a novela, em que terminava como par romântico da viúva Porcina. “É uma pena que a Globo não tenha levado em frente.”
Com uma disposição de dar inveja a qualquer iniciante, Tony Tornado atualmente concilia as carreiras de músico e ator. Entre as gravações do programa Zorra Total e a preparação para o personagem que viverá na próxima novela das 18h, ele planeja gravar um CD e um DVD do show que apresenta no Sesc em 2012.
Serviço:
Tony Tornado e banda Funkessência
Quando: Domingo (20), às 19h
Onde: Sesc Campinas
Rua Dom José I, 270/333, bairro Bonfim
Entrada franca
Informações: (19) 3737-1500

Preços dos ingressos dos shows de Roger Waters no Brasil são revelados

Entradas começam a ser vendidas no dia 30 e custam até R$ 900






















Foram divulgados nesta quarta-feira (26) pela produtora Time for Fun os preços dos shows que Roger Waters fará no Brasil em 2012. O ex-Pink Floyd irá tocar em 25 de março em Porto Alegre (Beira Rio), 29 no Rio (Engenhão) e 31 e 1 de abril em São Paulo (Morumbi).

Em Porto Alegre, as entradas custam R$ 500 (pista prime), R$ 240 (pista), R$ 280 (cadeira coberta) e R$ 180 (cadeira descoberta). No Rio, os preços variam entre R$ 600 (pista prime), R$ 250 (pista), R$ 300 (inferior leste e oeste), R$ 180 (superior leste e oeste).

Em São Paulo, os valores são R$ 900 (setor prime), R$ 750 (setor vip A, B e C), R$ 650 (setor 1, lateral A e B), R$ 550 (setor 2), R$ 500 (setor 3), R$ 450 (setor 4), R$ 300 (inferior A e B), R$ 180 (PNEs), R$ 450 (superior premium e laranja), R$ 200 (arquibancada azul), R$ 180 (arquibancada laranja), R$ 200 (arquibancada vermelha) e R$ 240 (arquibancada especial).

A venda começa no dia 1º de novembro em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o início é em 30 de outubro.

Cláudio Cruz deixará Orquestra Sinfônica após temporada 2011

Agenda internacional cheia foi a justificativa dada pelo maestro



O maestro Cláudio Cruz deixará a regência titular da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto (OSRP) após a temporada 2011. A orquestra informou que a última apresentação de Cruz será o Concerto de Natal, em dezembro. A saída do músico, que também é primeiro-violino (spalla) da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), é atribuída à agenda internacional cheia e à necessidade de Cruz dedicar mais tempo para a família.

De acordo com Cristiane Framartino Bezerra, gestora da orquestra, toda a programação da OSRP foi mantida. O concerto de encerramento da temporada, segundo ela, marca também o lançamento de um CD com produção artística assinada pelo maestro. “Ele fará todos os concertos que já estão programados”, disse.

Cláudio Cruz regeu a Sinfônica de Ribeirão pela primeira vez em 2002. Desde 2005, ocupava o cargo de maestro titular. Assim como ele, Roberto Minczuk, titular da Sinfônica de Ribeirão Preto de 1995 a 2001, deixou o cargo para investir na carreira internacional. “Temos uma tradição de que os maestros efetivamente saem para o mundo.”

A diretoria da OSRP informou que será realizada uma seleção para definir o novo regente em 2012. O estilo versátil, para cumprir com as diferentes atividades da companhia, será um dos critérios da seleção, segundo a vice-presidente da orquestra, Dulce Neves. A data do processo seletivo não foi confirmada. “A diretoria já está em conversa. Estamos recebendo alguns currículos, mas qualquer definição só será anunciada no fim do ano. Até porque há férias em janeiro. O que se pretende é um grande diálogo com todo mundo”, disse Cristiane.

Noite da Seresta traz cantora Virgínia Rosa para relembrar Clara Nunes

Evento acontece nesta sexta-feira (28) na Praça Carlos Gomes, em Campinas























Torna-se inevitável. Para a cantora paulistana Virgínia Rosa, as canções de Clara Nunes ainda conservam o gosto de comida caseira e o aroma de casa limpa. Não é para menos: dona Elza, mãe da cantora, não deixava sequer um dia de afazeres domésticos sem cantarolar algum sucesso de Clara. "O Mar Serenou", por exemplo. Apesar de povoar as canções com o "laiala, laiala, laiala", nos trechos de dúvida, a interpretação da mulher não perdia o tom. "Era afinada. Foi quem me apresentou o repertório de Clara Nunes", recorda-se Virgínia. Lembranças à parte, a intérprete paulistana traz o show "Virgínia Rosa canta Clara" para a Praça Carlos Gomes, em Campinas. A apresentação será realizada sexta-feira (28), a partir das 18h.

Antes do tributo à Clara Nunes, que morreu em 1983 no auge da carreira, a plateia confere o show de Fernanda Dias. Durante a apresentação, a cantora campineira traz ao coreto da praça composições próprias do álbum, ainda inédito, batizado com o seu nome. Detalhe: a cantora, irmã do violonista Zé Siqueira, tem parceria com outros artistas da cena campineira, entre os quais Silo Sotil, Taïs Reganelli e Tatiana Rocha.

De volta à Virginia Rosa, a paulistana trata da dificuldade ao escolher o repertório da apresentação. "Tem tanta coisa linda. Clara tinha a preocupação de gravar só coisa boa", explica. Para estruturar o show, que estreou em 2004 em São Paulo e se transformou em especial de fim de ano da TV Cultura, Virgínia buscou privilegiar no programa os batuques da diversidade. Bem típicos da cantora mineira. "Apesar de ser reconhecida pela interpretação de sambas, Clara foi uma grande intérprete. Cantou valsa, baião, bolero, MPB. Levei isso para o show". Em paralelo, destaca Virginia, a diversidade de canções propõe um dinamismo maior à apresentação. Surpreende e não a deixa monótona, avalia.

"Virginia Rosa canta Clara" se faz com 13 canções gravadas pela mineira. Fora, claro, as surpresas. Do combinado, Virginia cita "Canto das Três Raças", "Menino Deus", "O Mar Serenou", "Nação", "Na linha do mar", "Juízo Final", "Um ser de luz", "Conto de Areia", "Feira de Mangaio" e "Ninguém tem que achar ruim" ("um chorinho de Ismael Silva", destaca.) "Ainda faço num arranjo só ao som do baixo 'Meu sapato já furou' e 'Ai, quem me dera' de Vinicius de Moraes". "Morena de Angola" não entra no programa?, perguntarão os fãs de plantão. "Ah, faço uma citação, que é seguida por 'Embala Eu', gravada também por Clementina de Jesus".















Em companhia do trio: Ogair Júnior (teclado), diretor musical do espetáculo, Ramon Montagner (bateria) e Roberto Carvalho (baixo), a cantora revive "Batuque", de Itamar Assumpção, "Presentimento", imortalizda na voz de Elizeth Cardoso, e como bem diz: "alguma coisa do sambista Monsueto. Ainda não decidi". Pela primeira vez, Virgínia Rosa se apresenta num coreto de praça. Contudo, a experiência ainda não vivida a faz lembrar-se do pai, seu João, músico amador de bombardino, em Minas Gerais. "Me remete a um ambiente familiar, algo bem tranquilo. Meu pai me contava que costumava tocar no coreto lá em Conceição do Mato Dentro".

Quando para e analisa os detalhes, Virgínia consegue se aproximar de Clara. Estabelece comparações. Além de passear por alguns gêneros musicais, como o samba e MPB, e a seleção criteriosa do repertório, tal como a mineira; a paulistana cita a brasilidade na hora de interpretar as canções. Neste último ponto, traz a influência de, além de Clara, Elis Regina e Elizeth Cardoso. "Apesar da minha formação também em canto erudito, e um pouco do tom percussivo, procuro manter a forma popular. Canto direto para a plateia. Algo brasileiro". Para reforçar a expressão, utiliza-se de um depoimento da homenageada: "Assisti num documentário Clara dizendo que era popular, mas não popularesca".

Serviço
O quê:
Noite da Seresta, com Virgínia Rosa e Fernanda Dias
Quando: sexta-feira (28), a partir das 18h
Onde: Praça Carlos Gomes (Rua Irmã Serafina, s/nº, Centro, Campinas)
Quanto: Entrada franca

Hot Club promove Noite Francesa com jazz manouche e clássico

Show acontece nesta quinta, às 20h; ingressos devem ser trocados por 1kg de alimento
A Escola de Musica de Piracicaba Maestro Ernest Mahle (Empem) abre as portas para a solidariedade nesta quinta-feira (20), quando o Hot Club de Piracicaba reúne 13 músicos, às 20h, em uma “Noite Francesa”, com jazz manouche, jazz tradicional e música clássica. O objetivo é arrecadar alimentos para o Nupron (Núcleo Promocional Robert Koch), entidade sem fins lucrativos que oferece assistência social e educativa para pessoas com tuberculose e seus familiares há mais de 60 anos.












Canções como “La vie en rose”, “La mer”, “Coucou”, “Nuages”, “Si tu savais”, “J'attendrai” e “Champs Elysee” prometem embalar o evento e até transportar para a cidade da luz aqueles que se arriscarem a fechar os olhos para curtir os arranjos.
“Será uma noite especial na Emepem, com a Wana Narval cantando clássicos da música francesa e temas de jazz manouche”, conta o músico José Fernando Seifarth.















A apresentação conta ainda com a participação de Eduardo Gallian (guitarra - 175), Luis Bertrame (baixo acústico), Eloy Porto Neto (trombone), Frank Edson Oliveira (tuba), Dailton Lopes (clarinete), Giliard (washboard e percussão), Ely Silva (trompete), Luís Fernando Fischer Dutra (violino), Maria Luiza Zani Dutra (piano), Ricardo Diniz (trombone) e Fernando Seifarth (violão manouche).
“O evento vai contar ainda com a participação especial dos talentosos adolescentes Felipe Salvego de Souza e Danilo Antonini, ambos no violão manouche”, destaca Seifarth.
Segundo Seifarth, as sessões de improviso estão garantidas com temas do Django Reinhardt, como “Minor Swing”, “Manoir de mes reves” e “Swing 42”.
“No final, serão executados alguns temas de jazz tradicional com pegada manouche, como “All of me”, “Avalon” e “Tangerine”. E o Luís Fernando e a Maria Luiza fazem o belíssimo tema “Clair de Lune”, em versão erudita”, antecipa Seifarth.
O ingresso será trocado por 1 kg de alimento na secretaria da Empem.

Serviço

O quê: Noite Francesa com jazz manouche, tradicional e música clássica
Quando: quinta-feira (20) – 20h
Onde: Escola de Musica de Piracicaba Maestro Ernest Mahle (Rua Santa Cruz, 1.155, Centro)
Informações: (19) 3422-2464

Em "Concertato", graça estabelece conversa íntima com o erudito

Espetáculo conduzido por Sinfônica da Unicamp e Lume Teatro está em cartaz no Centro de Convivência






















A conversa com o ator Carlos Simioni não pode se estender por muito tempo. Afinal, seria um deslize comparado ao momento tão importante em questão. Não à toa, pois Dona Gilda, palhaça não-me-toques vivida pelo ator em "Cravo, Lírio e Rosa", está justamente na prova do vestido escolhido para o concerto do fim de semana. Segredo: será dourado. Compreensível dado à importância desta diva da trompa que se deleitará aos olhos da plateia ao executar Tchaikovsky. Brincadeiras à parte, tal história tem a ver com o espetáculo "Concertato", que propõe o encontro entre Orquestra Sinfônica da Unicamp e os clowns do Lume Teatro. As sessões serão abrigadas entre sexta (14) e domingo (16) no Teatro Luís Otávio Burnier do Centro de Convivência.

A concepção de "Concertato" partiu de Denise Garcia, diretora do Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural (Ciddic), da Unicamp, e viúva de Luís Otávio Burnier, fundador do Lume. Apurou a memória para se recordar dos concertos cômicos que, na juventude, contemplava na Alemanha. "O formato é muito comum na Europa", recorda-se Denise, diretora artística do espetáculo. Ao conceber a dramaturgia da montagem dada à comicidade, destaca a diretora, a estrutura de um concerto foi preservada. Para começar, a tríade comumente vista: a abertura, a participação de um solista e o encerramento com todos os músicos em cena. "A alternância do movimento: rápido e lento em sinfonias também estão presentes nos quadros".
















 Antes de caírem nos ensaios, os clowns do Lume Teatro: Ricardo Puccetti (Teotônio) e Carlos Simioni (Carolino e Gilda) ensinaram os músicos a serem atores. Justificável: em "Concertato", a orquestra tem de agir como tal. Até porque, em alguns quadros, os próprios músicos da sinfônica se tornam coadjuvantes da situação. A maestrina Simone Menezes, que o diga. "Aprendi a interpretar. Numa das cenas, expulso o palhaço que quer virar músico e volto para chorar", conta. Noutra, um músico empresta o arco do instrumento ao clown, que se torna uma espada em combate, ou possesso recrimina a atitude do fanfarrão. Pano pra manga. "Mesmo interpretando, segurar o riso fica difícil".
















O concerto-espetáculo inicia com a abertura da ópera de "La Clemenza de Tito", de Mozart. Nesta peça, Teotônio pensa em ser músico. Clarinetista, por sinal. "Quando ele vê a orquestra se preparando para começar a tocar, infiltra-se entre os músicos. Rapidamente é descoberto", explica Simioni. Apesar do nariz torcido por parte dos músicos e da maestrina, o clown não desiste fácil. Se consegue ou não realizar o sonho, Simioni prefere não contar. Aliás, o procedimento de mistério passa por todos quadros comentados pelo ator. Tem razão, já que são configurados como as pilhérias de picadeiro. O final sempre arremata a piada. "Perderia a graça", destaca.
Em "Sinfonia nº 5: II movimento", de Tchaikovsky, a diva Gilda (de araque, por sinal) busca contagiar o espectador com a performance estupenda na trompa. Para tal, utiliza-se de métodos ilícitos. A apresentação de Gilda também se rende aos passos da dança. Perigo. "Num dos movimentos, ela cai na plateia. Aliás, toda a participação dela tem uma intimidade com o público", avalia Simioni. A obra escolhida, explica Simioni, vem a calhar com a situação, como todas em "Concertato". Trata-se do período romântico. "O espetáculo exacerba este romantismo, como também brinca com a seriedade da plateia com a diva ou com o regente".
















Ao apurar os olhos sobre a cena, o espectador consegue apreciar a dupla tradicional de palhaços do picadeiro: Branco e Augusto. Trocando por miúdos, quem manda e quem obedece. Na abertura de "O Empresário", a estrutura pulsa com força. Na situação, dois maestros se digladiam para reger um único concerto. A batalha, que se inicia psicológica, acampa-se no terreno da luta com espadas. Claro, de mentirinha. Enquanto um se utiliza da batuta, o outro toma o arco de um instrumentista. "Estabelece o mesmo jogo proposto quando estas duas figuras se encontram. Sempre aberto ao improviso". Ao final, com intuito de homenagear o Lume Teatro e o seu fundador, a Sinfônica executa uma canção folclórica judaica presente no espetáculo "Cravo, Lírio e Rosa". "Daí, fazemos a mesma dancinha final do espetáculo".
 














Projeto
"Concertato" integra o projeto interdisciplinar coordenado pelo Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural (Ciddic), da Unicamp. Em agosto de 2010, durante "Simetrias", a Sinfônica da Unicamp propôs um encontro entre erudito e tecnologia. "A partir do som da orquestra captado pelo microfone geravam, por meio de um software, imagens simétricas que eram projetadas", conta a maestrina. Da mesma forma, em "Intervenções: Música e Dança" (junho deste ano), os músicos da orquestra dividiram a cena com um quarteto de estudantes bailarinos do Instituto de Artes (IA), sob a coordenação da coreógrafa Angela Nolf. Em 28 de outubro, no Centro de Convivência, a edição 2011 do programa se encerra com a apresentação de "Simetrias".

Serviço
O quê:
"Concertato", com Sinfônica da Unicamp e Lume Teatro
Quando: Sexta (14) e sábado (15), às 20h, e domingo (16), às 17h
Onde: Teatro Luís Otávio Burnier do Centro de Convivência (Praça Imprensa Fluminense, s/n, Cambuí, Campinas)
Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Informações: (19) 3232-4168